Monday, February 11, 2013

R.I.P.

O Postais de BXL completou 7 anos no dia 5 de Fevereiro.

Nasceu em Bruxelas no longínquo ano de 2006. Teve uma estreia tímida. Passou pela sua fase belga em Bruxelas, com pinceladas de humor que agradaram aos críticos. Atravessou o Atlântico rumo a NY, onde desabrochou e definiu o seu estilo. Passou cinco inolvidáveis anos na Big Apple. Viveu o american dream.

Divertiu-se com muitos blogamigos que encheram as caixas de comentários num convívio virtual feito de troca de ideias, galhardetes e piadas. Teve direito a vários 15mn de efémera fama, com menções na Rádio Comercial, entrevistas no Correio da Manhã e no JN, links nos blogues de referência ... entusiasmos pueris dum blog que dava os primeiros passos na blogosfera

Os anos foram passando e o Postais de BXL foi acumulando relatos, opiniões, análises, fotografias, cenas do quotidiano nova-iorquino, muitas viagens, alguns desabafos e considerações semi-filosóficas, recordações de infância. Transformou-se num importante repositório pessoal, um repositório de imagens, momentos e recordações.  

Quando iniciei esta aventura bloguística, não imaginava o quanto este blog me enriqueceria. Conheci pessoas tão interessantes, fiz bons amigos.

O Postais de BXL abriu-me as portas para um admirável mundo novo. Por isso não fecho a porta, encosto-a só de mansinho.

Tuesday, February 05, 2013

Top 11 de 2012 - Best Of 2012

O ano de 2012 foi o ano do regresso a Bruxelas. O Postais de BXL regressou a BXL. E murchou, feneceu ... para não dizer morreu
Este post não é verdadeiramente um best of como foram as compilações que fiz noutros anos. Este post é uma espécie de crónica de uma morte anunciada, em formato "Os melhores posts - Top 11, ano 2012" ... para não destoar dos outros anos. 
Vamos a isso, aqui ficam os 11 posts.

NY Moments

Leaving NY

Regresso a BXL

Aniversário

Missing NY

Um proverbial post sobre o tempo belga

Still missing NY

Suspiro

Esperança

Uma ideia

O "Canto do cisne"

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Friday, December 07, 2012

1 - what can happen in a second

I could go on and on and tell you that for each passing second there are 2.5 children born in the world, or that the honey bee flaps its wings 200 times per second, and list other things I read about in the world wide web while researching for this post. But I prefer to keep it simple and say the first things that came to my mind. A sneeze. A yawn. A world record. A word. One second.

Thursday, December 06, 2012

fresh start

I was in NY for two weeks in October. It was the first time I went back after my return to Brussels. And I think that's when I really closed the cycle, turned the page on my amazing five years as a new-yorker. Anyway, that's not what I'm going to write about in this first entry in my long abandoned blog. What I meant to say was ...
I was in NY for two weeks in October. And I bought this book which was put together by the San Francisco Writers' Grotto. It contains 642 ideas for things to write about. I will try to give it a go. I'm not sure how I will approach each topic. I have a couple of ideas and one involves inviting other people to use the same topic and write their own thing in their own blogs. It would be quite interesting to see how each person approaches each of the 642 topics. 
So, welcome to the renewed Postais de BXL. Sit back, relax and enjoy the ride.

Tuesday, December 04, 2012

quick question

If I was to start blogging again, who would be reading?
Please leave a message in the comments box.

Tuesday, November 06, 2012

Ooooooh ...

... coitadinho do blog abandonado ... 

Tuesday, July 31, 2012

BXL

Em Fevereiro de 2006, o segundo post deste blog dizia nada e dizia tudo:
"Create your own blog in 3 steps ... Antes mesmo de me aperceber do que se passava, já estava a escrever o meu primeiro post! Fiquei-me por um sucinto comentário sobre o tempo. Portanto, lamentavelmente, o meu primeiro post mais parece conversa de elevador com o vizinho do 3o andar com quem nunca nos tínhamos cruzado antes.
Tento redimir-me no segunto post, este que lêem agora.
Já conta com algumas linhas, tem inclusivamente mais que um parágrafo! Mas ... não diz nada de essencial. Portanto, é muito fácil criar um blog ... o difícil mesmo é mantê-lo!
E por hoje é tudo." 
Este blog já viu melhores dias, já ...

Monday, July 02, 2012

heartbreak

I'm so terribly homesick for New York. 

Thursday, May 24, 2012

Postais de BXL is "under the weather"

BBC Weather says 15C max for tomorrow in Brussels. Weather.com oscillates between 22C and 23C max for tomorrow in Brussels. And Yahoo-weather (based on weather.com, by the way) says 29C max for tomorrow in Brussels. Hello?! That makes quite a difference in terms of choice of clothing. Can't you synch your forecasts? ...

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Saturday, April 14, 2012

Saturday morning in Brussels

It's Saturday morning. As you know, coffee is one of the first things on my mind. I arrive at Café de Markten for a coffee and my mind starts reminiscing about Saturday mornings in NY. I crush the thought then and there, I'm not ready to remember, to think back. I get distracted with something else, steer my mind away from thoughts of New York. But then Frank Sinatra plays on the radio ... New York, New York ... C'mon!! is this a joke?! I get my iPhone and start writing this post ... and by now it's Jacques Brel playing on the radio. Much more appropriate.

Sunday, February 26, 2012

em suspenso

Regressei a BXL. Aterrei no plat pays no dia 1 de Fevereiro. Foi um regresso sem sabor, como se me tivessem suspendido os sentimentos. Mecanismo de defesa? Ou talvez por saber que passados somente 10 dias já trocaria o cinzento de Bruxelas por latitudes mais coloridas? Cheguei mesmo a tempo da vaga de frio polar que avassalou a Europa. Passei esses 10 dias atordoada pelo frio polar e dominada por uma ansiedade que se traduziu em jornadas de 12 horas entre trabalho e apartment hunting. E finalmente, no dia 10 de Fevereiro, embarquei no aviāo da Jet Airways, rumo à Índia. De 10 a 22 de Fevereiro, foram 12 dias de cores, sabores, cheiros, sons, vividos intensamente. E entāo regressei outra vez a BXL. E este "segundo" regresso tem mais uma vez um travo de ansiedade e stress, que me embota os sentidos. Nāo encontro o caminho para o meu eu, nāo sinto disponibilidade para imaginaçāo e criatividade, nāo me sai um belo post sobre a Índia. Bruxelas, nestes momentos, é ausência, silêncio, cinzento emocional. Espero ansiosamente. Como se me tivessem suspendido.

Sunday, February 05, 2012

6

O blog regressou a Bruxelas. E é em Bruxelas que celebra 6 anos de vida. Parabéns, Postais de BXL!

Tuesday, January 31, 2012

leaving New York

Friday, January 13, 2012

apontamento

Já só me sobram 2 semanas em NY. O regresso a BXL é eminente.

Monday, January 09, 2012

motards de luxo

Escrevi este post durante uma viagem de trabalho.
Estou em Santiago do Chile. Estoy en el desayuno, en el hotel de lujo. As janelas oferecem-me uma vista privilegiada, enquadrando os picos nevados da Cordilheira dos Andes. Numa outra mesa, estão quatro motards, todos muito Harley-Davidson. Um deles é grisalho, quarentão, ou cinquentinha, não sei avaliar idades, jeans pretos, t-shirt branca com desenhos alusivos a Harley-Davidson, botas pretas, lenço vermelho no pescoço, com o bico do lenço para a frente, como convém à indumentária Harley-Davidson. Outro parece quarentão, calças pretas de couro, sweat-shirt preta de gola alta, com o logo da Harley-Davidson, lenço Harley-Davidson na cabeça, com um rebordo de caveiras, muito rock'n'roll muito on the road muito Harley-Davidson, relógio cor-de-laranja Harley-Davidson. Elas, as companheiras, aparentando menos idade, condizem com eles, de jeans e t-shirts, sendo as t-shirts (a)berrantemente Harley-Davidson, com as letras Harley-Davidson muito floreadas e cravejadas de brilhantes, uma delas traz um daqueles lenços na cabeça com um nózinho atrás. Estão no desayuno, com os seus laptops e blackberries de última geração, a planear o percurso de hoje. Motards de luxo. Sem saberem, ofereceram-me um cheirinho de liberdade, fantasiando viagens e paisagens, antes de lançar-me ao dia e às reuniões.
E quando os esparsos visitantes do Postais de BXL estiverem a ler este post, estarei num avião da TAM, para mais uma viagem de trabalho. Regresso no final da semana. Stay tuned!

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Sunday, January 08, 2012

NY moments

I'm at Magnolia Bakery. A Spanish friend invited me for dinner, she wants to offer a tortilla dinner before I leave NY. I went to Magnolia Bakery to get the delicious banana-pudding for desert. If you haven't tried it, you don't know what you're missing. As I'm waiting to pay, ther's this guy picking-up his order. The waitress opens the box, with 6 cupcakes inside, for him to see the work they had done. The cupcakes read "Lory, will you marry me?". There is a collective Aaaawwh! echoing in Magnolia Bakery. He then shows everyone the engagement ring, that he would later place on the 6th cupcake. And every customer at the Bakery went aaawwh and ooooooh and aaaaah and "how romantic", "beautiful", "congratulations". In NY, these moments are common. Strangers that interact with you and then move on. New Yorkers can strike up a conversation with any stranger standing next to them. These tiny pieces of conversations float around everywhere, inconsequential comments, light as air. Even if only to say "I love your nail polish, what a great colour" or "love your boots!" or "what perfume are you wearing?". These are just a couple of examples that happened to me, when standing in line at a store, or walking in the street, at a restaurant or in the subway. I will miss this in Brussels, oh yes I will! Or maybe I'll bring a bit of NY to Brussels and end-up spooking a few Belgians with impromptu comments about nothing and everything!
* photo found on the web

Sunday, January 01, 2012

New Year's Day - 2012

Este ano, começo com o clássico Salute to Vienna e depois um very late brunch no Cafe Fiorello. Radicalmente diferente do New Year's Day do ano passado. Há precisamente um ano, iniciei 2011 com um brunch no Oak Room do Plaza Hotel e depois o concerto dos extraordinários Gogol Bordello no Terminal 5. Sou um exemplo acabado da dupla/múltipla personalidade geminiana. Aqui fica um brinde a começos de ano que sejam prenúncio do resto do ano, anunciando-o repleto de momentos enriquecedores. Cheers! Tchim-tchim!

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Saturday, December 31, 2011

Welcome 2012

Feliz Ano Novo para todos!

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Top 11 de 2011 - Best Of 2011

O ano de 2011 foi fraquinho. E não, não estou a falar da crise, do descalabro da economia, da volatilidade dos mercados, das medidas de austeridade ... neste momento, estou apenas a referir-me aos conteúdos aqui no blog. Vi-me e desejei-me para encontrar 11 posts para o meu proverbial Top 11 de fim de ano.
Um post descafeinado (o meu fave)

* clickar nos títulos para ir directamente aos posts

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Thursday, December 29, 2011

passagem-de-ano

A passagem-de-ano, na minha infância, era vivida entusiasticamente. Em família, a despedir o ano velho, a celebrar a chegada do ano novo. Tenho memórias de passagens-de-ano com os primos todos, na casa dos Avós em Folgosa. Nessa época éramos 10 primos, num leque de idades dos 10 até aos 3 anos. Gritávamos a contagem decrescente, a plenos pulmões, como só as crianças sabem, e acompanhávamos com grande estalhardaço de testos contra testos ou colheres a bater em testos. Recebíamos o Ano Novo com todo o entusiasmo, sem balanços do ano passado, sem listas de intenções, sem frustrações ou preocupações. Era só alegria, quase magia. Também tenho memórias de passagens-de-ano na casa dos Avós em Sampaio. Houve até um ano em que os meus Pais foram à Madeira e eu e o meu irmão ficámos com os meus Avós, em Sampaio. Apesar de estarmos só nós os quatro, os meus Avós - talvez especialmente o meu Avô - não deixaram esmorecer o entusiasmo da antecipação da meia-noite. Lembro-me de também nos darem testos para batermos à meia-noite e de nos levarem lá fora ao quintal para ouvirmos os foguetes a estralejar e os sinos a repicar e o coro de sirenes que festejavam o novo ano, as sirenes dos bombeiros, as sirenes da polícia, tudo buzinava e sirenava para receber o novo ano em festa. Não sei se esse costume se perdeu ... eu nunca mais ouvi os sinos das igrejas e as buzinas e as sirenes dos polícias e dos bombeiros a dar as boas-vindas ao ano novo, ficou-me apenas a recordação dessa passagem-de-ano na aldeia urbana de Sampaio. Mais tarde, na adolescência, vieram as festas em casas de amigos ou, mais tarde ainda, nas discotecas. E, hoje em dia, posso ficar em casa, quase indiferente ao momento. Pode ou não haver uma jantarada com os amigos, pode haver alegria, mas não há aquela magia da infância. Este ano talvez suba ao rooftop do meu prédio nova-iorquino para ver o fogo de artifício iluminar e colorir o recorte dos arranha-céus. E, quem sabe, talvez volte a escutar sirenes de bombeiros a despedir o ano velho e a celebrar a chegada do ano novo. Talvez o novo ano traga alguma magia. Feliz Ano Novo!

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Thursday, December 22, 2011

É Natal, é Natal...

E eu estou de saída, para o Porto. Natal em família, na cidade invicta.
Para os leitores do Postais de BXL, votos de Bom Natal e Feliz Ano Novo!

uma cena de filme

Regresso de uma semana de reuniões na Colombia e no México. O voo de Ciudad de México para NY não está cheio. Ainda bem, porque o meu lugar, o 15F, era na fila da frente da saída de emergência e por isso os assentos irreclinável. Mudei para o 14E, um lugar no meio de 2 passageiros, mas melhor isso do que ter um assento não reclinável. Outros passageiros, que estavam em filas mais traseiras, preferiram vir mais para a frente do avião e alguém se sentou no 15F que eu tinha vagado. Vim a viagem toda a dormitar ou a distrair-me com o iPad. A passageira do meu lado direito, 14F, parecia gripada. E vinha carregada de sono, porque mexia-se e remexia-se na tentativa de encontrar uma posição confortável para adormecer. Ou, pelo menos, foi o que pensei. Só entendi, muito mais tarde, a razão de tanta mudança de posição. Quase no final da viagem, sinto um safanão na minha cadeira. Imaginei que seria um dos passageiros/as de trás a regressar do w.c.. Pensei com os meus botões "Irra, podia ser mais cuidadoso/a". Nisto, a passageira ao meu lado solta um "What the fuck?" e vejo-a a virar-se para trás no assento. Estava ela de joelhos na cadeira dela, lugar 14F, virada para a fila de trás, e eu a ouvir a discussão que se iniciava entre ela e o passageiro do 15F. Sim, o lugar 15F que eu tinha trocado pelo 14E. A discussão mal tinha começado quando ouço a rapariga exclamar, completamente chocada, "Did you just hit me?!! OMG, did you ... did you hit me?!"! Não percebi bem o que ele respondeu, acho que a acusou de lhe ter tocado e que por isso ele tinha reagido com um safanão para afastar a mão dela. Não era nada comigo. Não gosto de cenas, desliguei da cena. Ela virou-se para a frente, voltou a sentar-se, trémula, alterada. Chegou a hospedeira, o que foi o que não foi? A rapariga começa a chorar, lá explica que o homem sentado por trás dela tinha vindo a viagem toda a dar "pontapés" nas costas da cadeira dela e que a gota de água (que, deduzi eu, deve ter sido quando ele regressou do w.c.) a fez virar-se para trás para lhe chamar a atenção e que ele lhe tinha dado um safanão na cana do nariz. A hospedeira nem se preocupou em ouvir a versão dele e tomou logo o partido da rapariga. Perguntou-nos, a mim e ao passageiro à minha esquerda, se tínhamos visto a cena, mas a verdade é que nós estávamos de costas para a fila 15 e não tínhamos visto nada. A hospedeira prometeu à rapariga, que continuava a chorar, que ia falar com o Comandante e que iam avisar a Polícia. Quando aterrámos, ficámos todos confinados aos nossos lugares, não tínhamos autorização para levantar-nos. Ficámos à espera uns 15mn até que entraram seis - seis! - polícias pelo avião dentro. Tinham recebido uma mensagem que dizia que dois passageiros - 15F e 14F - tinham entrado em discussão e que um homem tinha agredido uma mulher. Imagino que uma mensagem do avião para terra não possa ser extremamente detalhada, pelo que a Policia só sabia que eram os passageiros do 15F e do 14F e que um era homem e o outro era mulher. Então, quando os seis polícias entraram no avião e se dirigiram às filas em questão, um dos polícias interpelou o homem no 15F e ordenou, com voz de comando e semblante carregado, "You. Get up. Come with us". A Polícia americana não é cá para brincadeiras. Um dos polícias olhou para mim e disse a outro polícia "It's her. She's Portuguese". What?!? fiquei de boca aberta e meia aturdida. Uma mulher-polícia explicou-me que me reconheciam pela fotografia do passaporte quando tinham analisado a lista de passageiros. What?! Tinham visto a minha fotografia, sabiam que era portuguesa. Tudo isto porque, na lista de passageiros daquele voo, eu estaria no 15F e eles só sabiam que uma mulher tinha sido agredida por um homem e os lugares implicados eram o 15F e o 14F, mas não sabiam quem estava onde. Quando viram o homem sentado no lugar 15F, concluíram que ele era o agressor. E, por exclusão de partes, eu era a vítima porque me reconheceram da investigação que tinham feito quando estavam a preparar a intervenção policial. 15F, 14F, whatever. Fez-se luz no meu cerebrozinho aturdido e lá lhes expliquei que não era eu a vítima, era a passageira ao meu lado. A polícia escoltou os supostos agressor e agredida e depois finalmente pudemos todos desembarcar. Lá fora, pediram-me para ir falar com alguém para clarificar a questão dos lugares. Falei com uma senhora muito simpática, expliquei que o meu lugar original era o 15F e que no início do voo tinha mudado para o 14E e que, evidentemente, um outro passageiro tinha mudado para o meu lugar 15F, a rapariga agredida vinha à frente desse passageiro, no lugar 14F, e a discussão tinha sido entre eles. No meio desta complicada conversa, chegámos à conclusão que podíamos falar português, porque ela era brasileira. No fim já nos ríamos as duas, eu a pedir-lhe que limpassem o meu nome daquela grande confusão, que eu não tinha nada a ver com aquilo. Ao ouvir-me falar português, um dos polícias pergunta-me se eu tinha pelo menos presenciado algo, se podia dar-lhes alguma informação. Em português!! falou comigo em português, português de Portugal!! Respondi-lhe que não, ele voltou ao grupinho de polícias que entrevistavam a suposta vítima, e eu lá segui o meu caminho. Fiquei fascinada, absolutamente fascinada com a cena toda, o aparato policial, a investigação feita em terra antes do avião aterrar, a preparar a intervenção, o facto de terem incluído um polícia português - luso-descendente - porque eu era portuguesa e sabiam lá se eu falava inglês, nada deixado ao acaso, a forma bruta como trataram o suposto agressor, tudo muito exagerado, tudo muito filme americano. Scene 1, take 1, aircraft intervention, action!

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Sunday, December 18, 2011

... atchim?

Nesta época de gripes e constipações, veio-me no outro dia à memória a mezinha do eucalipto. Folhas de eucalipto em água a ferver, o aroma canforado a pairar pela casa toda. Na viagem ao passado, despisto as lembranças de narizes entupidos e congestões torácicas, tosse convulsa e arrepios febris ... guardo só a memória do ritual caseiro, aquecedores ligados e cobertores quentinhos, e aquele aroma revigorante do eucalipto.

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Saturday, December 17, 2011

on the subway

Ladies and Gentlemen, this is an important message from the New York City Police Department. Keep your belongings in sight at all times. Protect yourself. If you see a suspicious package or activity on the platform or train, do not keep it to yourself. Tell a Police Officer or an MTA employee. If you see something, say something. Remain alert and have a safe day.

Saturday, December 10, 2011

A lista de ...

If I had to make a list of Top 20 albums, The Concert in Central Park's live album by Simon & Garfunkel would definitely be on that list.

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Sunday, December 04, 2011

rir é o melhor remédio

Dear Icebergs,
Sorry to hear about the global warming. Karma's a bitch.
Sincerely,
The Titanic

Friday, November 18, 2011

apontamento

Este blog já viu melhores dias, já ...

Wednesday, November 02, 2011

Halloween in NY

Friends visiting. In NY for a short but eventful week. Portuguese-Belgian couple, 3 kids. Arrived Saturday. Staying at the San Carlos Hotel. Midtown East. Portuguese-Italian couple, 1 kid. Arrived Sunday. Staying at my place. Columbus Circle.
Monday night, Halloween night. Meeting point: the lobby of the building where a couple of my friends live. French-English couple, 2 kids. Chelsea.
Mission: get the 6 kids together and head to 22nd Street between 9th and 10th Avenues. My first trick or treat mission. One of the most beautiful streets in Chelsea, lined with trees, beautiful walk-up buildings and their important stoops, architecture styles spanning the 1800s, all the houses decorated for Halloween, everyone dressed-up, some costumes more creative than others, the children lining up to get their share of treats and sweets. Our kids are super excited, in their costumes. Their Halloween baskets filling up with all sorts of candy. There are no language barriers. All they need to do is ask. Trick or treat?

Thursday, October 27, 2011

80's pop

Então, fui ao concerto dos Duran Duran. Outubro de 2011, Madison Square Garden, New York.
Tem graça, nos meus teenage years nem era grande fã dos Duran Duran. E não digo isto por snobismo, aquele snobismo do alternative, do indie rock. Não, não era por snobismo musical, até porque na época eu gostava mesmo era dos A-ha. Os rivais mais novos dos Duran Duran. Mas, independentemente de gostos, A-ha versus Duran Duran, A-ha versus Bros, o pop dominava a rádio, o pop permeava o nosso quotidiano. Assim, todas as músicas dos Duran Duran estiveram presentes ao longo dos anos de escola secundária, de festas com os primos, de horas passadas a ouvir rádio à espera de gravar alguma música favorita. Pois, ouvíamos rádio, gravávamos cassetes para ter compilações dos hits do momento, esperávamos ansiosamente por Sábado para ver os telediscos no Top +. E que alegria quando apareceu aquele canal só de música e telediscos. Countdown! with Adam Curry! Lembram-se?
Os Duran Duran dividiram os anos 80's com A-ha, Bananarama, Bangles, Bros, Europe (It's the final countdown! Tu-ru-ru-ru, turu-ru-tutu, the final countdown), Fine Young Cannibals, Wham, Human League, Mel&Kim, Limal (Never ending stooooooory), New Kids on the Block, Spandau Ballet, Rick Springfield, Tears for Fears, Wet Wet Wet, Kim Wilde, Paul Young ... e esta lista é apenas uma pequena amostra da música que tocava quando eu tinha 13, 14 ou 15 anos e fazíamos festas de garagem, e cantávamos em microfones improvisados, e fazíamos coreografias. Estávamos entranhados do pop dos nossos anos 80's.
Por definição, todas essas bandas pop eram para ser passageiras. Porque o pop dos anos 80's é isso mesmo, não é? Faz pop! e desvanece-se no ar. Quer dizer, eu também ouvia Dire Straits, The Smiths, Billy Idol, Whitesnake, Bon Jovi, Eurythmics, só para dar alguns exemplos de músicas que não perderam significado. But, if you think about it, those were rock bands not pop bands. É que ninguém espera que uns Rolling Stones desapareçam de cena. Nem uns U2, que até são uma banda dos anos 80's. Geralmente, o rock é mais duradouro. E há bandas que são para sempre, nomes que são para sempre, independentemente de serem pop ou rock. Mas bandas como os Duran Duran e os A-ha estavam mais ou menos predestinadas a ser passageiras, a ficar enterradas nos anos 80's. Volvidos 30, 25, 20 anos, algumas bandas renascem das cinzas, fazem reunion tours, levadas na crista dessa grande onda que é a nostalgia, o revivalismo.
Então, o que me levou ao concerto em Madison Square Garden foi uma onda de nostalgia. Há dois ou três anos, tinha re-descoberto Duran Duran ao re-descobrir músicas como Come Undone e Ordinary World. E, levada pela mesma nostalgia, decidi não perder este concerto da que provavelmente será a ultima tournée da banda. E não podia ter sido melhor. A cada música que começavam a tocar, surpreendia-me. Já nem me lembrava de tais músicas, Notorious, The Reflex, Rio, A View to a Kill, Hungry like the Wolf, Wild Boys! E de cada vez que reconhecia a música, era uma autêntica viagem no tempo. A trip down memory lane!
E houve momentos em que senti que estava em diálogo com a miúda que eu era nos meus 12 ou 14 anos. Sinapsezinha, passa-te pela cabeça, algures no tecido espaço-temporal onde ainda tens 12 ou 14 anos, alguma vez imaginas que ainda vais ver os Duran Duran em concerto no ano de 2011 em Madison Square Garden em New York? E ali estava, algo emocionada, frente a frente com o meu pequeno eu de 14 anos. Uma cena de filme. Com banda sonora dos anos 80's. A vida é fascinante.

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Sunday, October 16, 2011

posted on a Saturday night

Viajei na terça-feira. Aterrei em Santiago de Chile na quarta-feira. O blackberry nāo funcionava, problema global. Ai, que estamos tāo dependentes dos blackberries. O blackberry voltou a funcionar. Reuniões e mais reuniões. Passei o serāo de sexta-feira no quarto do Hotel, num zapping aborrecido de canais de televisāo desinteressantes. Sábado perdido, voo para Sāo Paulo. Onde estarei até sexta-feira, para reuniões e mais reuniões. So, it's Saturday night and I'm in Sāo Paulo. Missing NY. Wishing I was in NY.

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Thursday, September 22, 2011

... goodbye Maria Ivone!

Já que ninguém se dignou comentar a novidade, a notícia, o monumental anúncio no post anterior, eu retiro-me de cena. Vou passar uns dias a San Francisco, Las Vegas, Grand Canyon ...

Friday, September 16, 2011

NY - na recta final

NY Fashion Week, desfile DKNY. Strike a pose, strike a pose, Vogue, Vogue, Vogue. Fim-de-semana em Savannah, Georgia. O sul colonial, Georgia on my mind. Revivalismo em Madison Square Garden, no concerto dos Duran Duran. Gostaria de ter ido ao concerto dos Metallica mas não tenho amigos musicalmente compatíveis. Viagem a San Francisco e Las Vegas, excursão ao Grand Canyon. Cirque du Soleil em Las Vegas, "O". Volto a ser turista em NY, com as visitas. Peça de teatro interactiva, Sleep No More! Viagem de trabalho, Chile e Brasil, fim-de-semana no Rio. Woody Allen na Broadway, com a peça Relatively Speaking. The Mountaintop, Samuel L. Jackson e Angela Bassett na Broadway. NY centro do mundo. Mais visitas. Mais viagens de trabalho. Buenos Aires. Fim-de-semana em Miami. Peça de teatro com o John Malkovich. Thanksgiving. Fado no B.A.M. com os amigos portugueses. E pelo meio, sempre muitas jantaradas e brunches, e exposições e festas, e encontros e visitas. Ainda quero ir a Vermont. Estes vão ser alguns dos momentos a marcar a recta final em NY. Natal em Portugal. Janeiro é para mim e para Manhattan. Fevereiro já estou em BXL. O blog regressa à casa de partida. Para mim, é um novo começo. Até lá, continuo a viver NY intensamente. Stay tuned!

Thursday, September 15, 2011

10 dias em português

Há 2 semanas atrás, estava a preparar-me para voar para Portugal. Aterrei no Porto numa sexta-feira de manhã e chovia. O tempo melhorou e o fim-de-semana foi bom, passeios à beira-mar e momentos com a família. Na terça-feira avançámos para Sul. Passeio em Óbidos e depois seguimos para Cascais. Um pouco de luxo e de relax, um pouco de turismo e de cultura. E na quinta-feira cheguei a Lisboa, mesmo a tempo da Fashion Night Out. Foram três dias intensos em Lisboa. Fashion Night Out para abrir, quilómetros palmilhados na baixa lisboeta e um encontro inesperado. Encontro com mais amigos, almoço na esplanada Meninos do Rio. Fim de tarde na Esplanada do Hotel do Bairro Alto. Jantar castiço no Pateo 13 em Alfama. Bairro Alto, night. Café no DeliDelux. Brunch no maravilhoso Rota das Sedas, que abriu recentemente no mesmo edifício onde funcionou A Real Fábrica das Sedas (mandada fechar em 1855). Tenho a certeza que vai ser um êxito! Jantar em Alcântara, mais amigos. Baile no Palácio da Cruz Vermelha (ou Palácio do Conde d’Óbidos), com orquestra de 18 elementos a tocar para nós e a alegria de testemunhar o casamento de dois amigos muito felizes. E no Domingo, o dos dez anos do 11 de Setembro, voo para NY. Foram 10 dias de férias. As férias foram boas. Eu gostei muito das férias.

Surfin' USA

Se não tivesse ido de férias, teria ido a Long Island no fim-de-semana para ver os pros do surf.

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Tuesday, September 06, 2011

discos pedidos

Lembram-se desse programa da Rádio Renascença? O ouvinte telefonava para pedir uma música, mas tinha que dizer a frase da publicidade antes do "disco pedido". Delta Café, a verdade do café. Eu quero ouvir The Power of Love, dos Rush. Delta Café, a verdade do café. Eu quero ouvir Still Loving You, dos Scorpions. Eu quero pedir o Total Eclipse of the Heart, da Bonnie Tyler. Delta Café, a verdade do café.
Nunca telefonei para a Rádio Renascença, apesar de ter uma lista de "discos" que ansiava pedir. Nunca telefonei porque era demasiado tímida e também porque nessa época não se pegava assim no telefone sem autorização parental. Se tivesse telefonado, seguramente teria pedido algo dos A-ha!
Às vezes apetece-me perguntar-vos, ao estilo dos "discos pedidos", de que querem que fale aqui no blog?

Sunday, September 04, 2011

Duran Duran

Madison Square Garden, New York, NY
Tue, Oct 25, 2011 07:30 PM

Friday, September 02, 2011

My Broadway 2011








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Thursday, September 01, 2011

Lusitânia

Vou ali a Portugal e já volto. O blog continua a mandar posts, pois que quem não trabuca não manduca.
Stay tuned!

Wednesday, August 31, 2011

rememorações das férias

Rememorações e reminiscências daquela nossa semana de férias em Agosto. Quatro amigos, quattro amici, todos portugueses. Um chegou de Londres, uma veio de NY, outra de Coimbra e outra de Bruxelas. Para férias em Itália. Falávamos italiano de brincar. Por exemplo, pedíamos um papellini, até a senhora da recepção entender que queríamos un foglio. Dizíamos sono faminta, ao que o empregado de mesa contrapunha, com um sorriso condescendente, affamata. E por aí fora.

Relatively Speaking


27 de Outubro!

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Sunday, August 28, 2011

Waiting for Irene

Friday, August 05, 2011

Férias!

Napoli vai ser o (aero)porto de entrada na bella Italia. Não perder tempo na mafiosa cidade, zarpar para Positano. Três dias de turismo e dolce fare niente. Alugar carro, seguir para Lecce. Lecce, Puglia. Três dias de turismo, praia. E dolce fare niente, claro. Seguir para Napoli. Una notte a Napoli. Regressar a NY. O blog também tira férias. Arrivederci ragazzi!

Friday, July 22, 2011

mais um momento Nostalgia

E já que estamos numa onde de memórias, deixo-vos com outro post reminiscente de épocas estivais e não só.

Mood pessoal
Não sei porquê, lembrei-me de quando éramos crianças.
As recordações vieram em formato slide, umas atrás das outras, sem cronologia definida. Pensei nos tempos do Colégio, nesses tempos que me parecem - a esta distância - ter sido regulados pelas estações do ano. Primavera, Verão, Outono e Inverno eram estações bem demarcadas, sucedendo-se como etapas rituais dos anos que iam crescendo em nós.
A Primavera cheirava a Primavera. Os dias amanheciam frescos. É irrepetível o cheiro de uma manhã de Primavera, a abrir o dia com uma réstia do frio da noite. A leveza e a consistência desse ar é inimitável!
Na Primavera chegavam as borboletas e as andorinhas, os morangos e depois as cerejas. Festejava o meu aniversário, convidava amiguinhos de outras turmas para virem à minha sala cantar os parabéns e comer uma fatia de bolo de chocolate ou de ananás. Depois, acabava o ano lectivo. As férias grandes!
O Verão cheirava a livros, que os Pais tinham tentado esconder desde a Feira do Livro - para que os ditos livros durassem até às férias grandes. Mas eu e o meu irmão descobríamos sempre o esconderijo e quando chegava o Verão já não sobrava grande stock por ler. O meu irmão era mais dado a actividades outdoors, quer dizer bicicleta pelas redondezas e futebol no pátio das garagens. Mas eu não. Eu sempre fui de livros. O Verão dos livros era interrompido pelo Verão da praia.
Uma vez por outra, o Verão cheirava também a dias passados no escritório da Mãe. Num tempo em que as Mães ainda podiam, quando sem alternativas, levar os filhos para o local de trabalho. O escritório era antigo, cheirava a madeira velha, mas também encerada, e rangia o soalho. A Mãe conseguia disciplinar-nos para fazermos os deveres escolares. E deixava-nos escrever à máquina. No tempo em que não havia computadores ou nós nem suspeitávamos da sua existência. Eu e o meu irmão saíamos à hora do lanche, saíamos do escritório e entrávamos no calor do Verão que nos devolvia brilhos do Douro ali de frente para nós. Virávamos à direita e seguíamos para o café que também tinha quiosque. Podíamos comprar livros do Tio Patinhas, e comíamos pão com fiambre, e bebíamos já não me lembro o quê. Era Compal de pêssego, com certeza!
O Verão também era praia. Não seria Verão sem praia!! As praias da minha infância são feitas de sol e nevoeiro, gelados da Olá, castelos na areia e colecções de conchinhas. Memória, Praia dos Beijinhos, Aguda, Pedras da Agudela. E, na incursão anual ao Algarve, as praias da infância foram Monte Gordo e Retur. Retur, que raio de nome para dar a uma praia ... mas que boas recordações de infância!
E o Verão era também a casa dos Avós, tardes de calor, a sombra das videiras, a cozinha tão fresquinha, o cheiro do avental da Avó, o pêndulo do relógio a embalar sestas despreocupadas. E torturar caracóis que recolhíamos do muro do quintal. E eu e o meu irmão postos no muro a ver passar e a perguntar aos passantes se eram da APU. Dava-nos para cada uma!
O fim do Verão cheirava a cadernos novos e aos plásticos dos estojos e restante material escolar. Forrávamos os livros e pintávamos as capas com todas as cores disponíveis nos nossos conjuntos de canetas Molin! E recomeçava o Colégio. Fazíamos sempre redacções sobre as férias de Verão.
E à medida que o Outono avançava, cheirava a castanhas. E anoitecia mais cedo.
Tinha aulas de Lavores, que abominava. Eu e a minha melhor amiga (era o tempo das melhores amigas) fomos formalmente repreendidas por usarmos as agulhas para riscar as costas das cadeiras da frente em vez de bordar flores nos saquinhos para guardanapos. Agora só uso guardanapos de papel. E quando porventura uso guardanapos a sério, não os guardo nos saquinhos com flores bordadas nas aulas de Lavores da 3a-classe.
O Inverno cheirava a Natal e a guarda-chuvas molhados. E tínhamos kispos. Isto era no tempo em que todos os casacos eram kispos, quer fossem quer não fossem.
E depois de muito tempo de escuro e chuva, lá chegava pontual a Primavera.
As estações encadeavam-se num ritmo sem sobressaltos, ou é assim que eu as relembro. Num tempo em que não havia morangos e cerejas todo o ano. Em que íamos para o escritório da Mãe e podíamos escrever à máquina. E na praia ouvia-se ao longe olha a baaatatiinha e bola de berliiiiim. Éramos crianças.

(
Post originalmente publicado neste blog a 30 de Maio, 2006)

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Tuesday, July 19, 2011

momento Nostalgia

Para participar na iniciativa do Crónicas do Rochedo, desencantei um post - e umas memórias - do fundo do baú. Desta vez, com fotografia!


A Praia da Memória era uma das praias para onde íamos nas férias grandes. Era essa e a Praia dos Beijinhos. Uma em Leça, a outra em Perafita, ambas em Matosinhos. Mas isso da geografia não é essencial. Interessa é que os pãezinhos com fiambre tinham um sabor irrepetível. E os iogurtes da nossa infância - lembram-se dos Longa Vida de chocolate? - sabiam-me sempre melhor na praia. E uvas fresquinhas e peras sumarentas, que delícia ... também me sabiam melhor na praia. E, como já sabem pelo outro post, bebíamos Compal de pêssego. Esse sabor ficou para sempre associado a memórias da minha infância.
Não sei se era do iodo, se daquele mar gelado, se das correrias na areia ou de passar horas a saltar das dunas, com os meus primos, as toalhas amarradas ao pescoço a fazer de capas para nós podermos fazer de super-homem ... mas, fosse lá porque fosse, a verdade é que quando chegava a hora do almoço, ou do lanche, tudo o que saía daquelas caixinhas tupperware era delicioso! No fim comíamos Epás ... o que eu mais gostava nos Epás era aquele bocadinho no fundo do cone, em que o gelado ficava tingido da cor da chiclete.
E nesse tempo, não conhecíamos nacionalidades nem patriotismos. Só havia uma bandeira que nos interessava ... e o que interessava era saber se a bandeira estava verde! ... e importava muito tentar contornar uma bandeira amarela esgrimindo argumentos de criança contra a autoridade dos pais.
Lembro-me tão bem do cheiro dos cremes Nívea. E de coleccionar beijinhos - conchas, claro! E das cores alegres dos baldes, pás e ancinhos.
Felizes memórias ... na Praia da Memória.
Foi mais um momento Nostalgia, aqui no Postais de BXL.

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Friday, July 15, 2011

installing Summer

No facebook de uma amiga em Bruxelas:
INSTALLING SUMMER.....
███████████████░░░░░░░░░░░░░░ 44% DONE
...
Installation failed.
404 error: Season not found.
The season you are looking for might have been removed, had its name changed, or is temporarily unavailable. Please try again.
E eu exclamo, do alto do meu Verão nova-iorquino: Aaah, la Belgique!
A Bélgica e arredores ... não é, Luna?

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Thursday, July 14, 2011

New York ice cream

Tuesday, July 12, 2011

apontamento

Aqui não entra acordo ortográfico.

Sunday, July 10, 2011

a NY scene

Estou num yellow cab. Parados, à espera que o semáforo fique verde. Ouço alguém chamar. Hey! Outra vez ... Hey! Olho para a direita, está um táxi parado ao lado e o passageiro faz-me sinal para eu abrir o meu vidro. Solícita, pronta para lhe dizer as horas ou onde fica o Bloomingdales, abro mais o vidro. Ele - "I want to take you out tonight". Ah?! O sinal muda para verde. Cena de filme, não? Just a NY scene.

Saturday, July 09, 2011

desenrascanço superpower

Independentemente de quais sejam as vossas opiniões sobre a histeria Moody's ... rir é o melhor remédio!

Monday, July 04, 2011

4th of July

Aproveitei o dia para finalmente visitar o museu Dia:Beacon. Viagem de comboio pela margem do rio Hudson, paisagens cinemáticas. O museu é um espaço fantástico, com uma volumetria muito fotogénica, resultante da conversão da antiga fábrica da Nabisco. Beacon é uma little town típica desta região de Hudson Valley, percorremos-lhe a proverbial Main Street e depois fizemos a caminhada até ao museu. Um dia bem passado. Agora, de regresso a casa, a fazer horas para ver os fogos de artifício.
Happy 4th of July, America!


Saturday, July 02, 2011

Loooong...

... weekend!
U.S.A. is celebrating Independence Day all the way to Monday!

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Sunday, June 26, 2011

Chicago, Illinois

Chicago. The Windy City. The 1920s. The gangsters. Al Capone. The jazz. The Loop, downtown Chicago. The ‘L’ train. The Chicago river. The architectural boat tour, by the Chicago Architecture Foundation. Architecture everywhere, anywhere. Oak Park. Frank Lloyd Wright. The Millennium Park. The Jay Pritzker Pavillion, by Frank Gehry. The Cloud Gate, a.k.a. “The Bean”, by Anish Kapoor. The Crown Fountain. The Nichols Bridgeway, by Renzo Piano. The Art Institute of Chicago. The W Downtown. The Willis Tower, a.k.a. mega famous Sears Tower. I wish we had gone to its Skydeck. The West Loop, an up-and-coming trendy neighborhood where we had dinner at the peculiar Girl & The Goat restaurant. The jazz fiasco at the Green Mill, which used to be a hangout for Al Capone and is considered one of the most famous jazz clubs in Chicago. The Chicago Tribune. The Drake Hotel. Oprah. Obama. Lake Michigan. The lake shore turned into beach. The Windy City is not so windy in the Summer. Cocktails and panoramic sunset views of Chicago's skyline, from the top of the Hancock Tower.
Chicago, Illinois. The 4 of us. The start of Route 66.

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Saturday, June 25, 2011

Total HouseHold

Obras em casa, trabalhos de renovação, quem nunca passou por isso? Aquelas pequenas obras, menores, simples, vamos só mandar abaixo esta parede que não está aqui a fazer nada e assim ficamos com um quarto-de-banho maior, ou vamos eliminar a divisória entre a sala e a proverbial marquise para ampliar o espaço, ou vamos livrar-nos desta alcatifa e aproveitar o soalho de madeira, ou vamos pintar a sala de fresco. Mas essas obras tão simples acabam por desvirtuar-se em atrasos, gastos inesperados, trabalhos mal acabados, dores de cabeça. A bem dizer, obras em casa podem ser um verdadeiro bico-de-obra. E, muitas vezes, podem descambar em obras de Santa Engrácia. E por aí fora, podia continuar com os jogos de palavras para ilustrar a ideia mas quem passou por isso conhece bem as dimensões do pesadelo.
A minha amiga Caroline fez umas pequenas obras no seu pequeno apartamento nova-iorquino e foi o descalabro. Parte da obra arrastou-se o Verão inteiro e com disputas financeiras à mistura. Não pago, o senhor não fez o serviço, só fez estragos, não acabo enquanto a senhora não pagar, semanas sem notícias, apareço aí hoje pelas 16h00, nem aparece nem atende o telefone durante dois dias, e passam mais dias, e queixas e negociações, o pesadelo do costume. Depois de tal experiência, a Caroline meteu mãos à obra (cruzes credo, aqui estão as obras outra vez) e fez um website do género trip advisor mas para as obras em casa.
Se os leitores deste blog quiserem recomendar o website, por favor façam Like no facebook e depois Share para passar palavra. E agora deixo-vos com as palavras da Caroline:
Last summer, I did some work on my apartment, nothing major, should have taken no more than 1 week but as we all know, home renovations never go as planned.
I ended up hiring 2 completely opposite contractors: the painter was absolutely amazing and did a great job, very clean and professional. The general contractor, on the other hand, was an absolute nightmare. Turned into one of these cliché horror stories, so stressful, the perfect spokesperson for dread and anxiety associated with most home renovations!
After a frustrating summer, venting to my family and friends yet still feeling powerless with little recourses, I realized that there must be a better solution. When it comes to most other businesses: restaurants, hotels, beauty salons, I always look them up on-line before going and often base my selection on user reviews. Why not do the same for home improvement contractors?
A year later, I am proud to announce my solution: http://www.TotalHouseHold.com/
Looking for a contractor? TotalHouseHold.com has over 80,000+ contractors listed in CT, MA, NJ, and NY. Hired someone? Good or bad, go to TotalHouseHold.com and rate them, write a review, and upload photos to show the work. Share your experiences, help others avoid mistakes, and show your appreciation by recommending quality contractors.
Home renovations not your thing? No worries. Want to help me out anyway? Click here to “like” TotalHouseHold.com Facebook (it's also on the home page).

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Thursday, June 16, 2011

tempus fugit

Nem escrevo nem saio de cima. Quer dizer, não consigo abandonar o blog de vez mas também não ando com disponibilidade mental - outros lhe chamam inspiração, outros atiram a culpa ao tempo ou à falta dele - para deixar o cérebro jogar com os estímulos que se produzem na alma e no coração para depois saírem textos mais ou menos interessantes. Interessantes para mim, that's what I mean. Sabem que estive no Brasil, e depois no Peru e na Venezuela, antes de ir de férias para o Porto. E se tivesse a tal disponibilidade mental poderia aqui deixar anotações e considerações de viagem. Há sempre um episódio ou outro digno de nota, um pequeno detalhe interessante. Como por exemplo, ter perguntado direcções a um passante, em Caracas, e ele ter-nos acompanhado até ao local da reunião pois também ia para o mesmo edifício. E esse passante ser nada mais nada menos que um jornalista. Não que ter conhecido um jornalista seja facto digno de nota ou interessante. Mas, na Venezuela, conhecer um jornalista dum jornal clandestino, de oposição, é interessante. É como um roçar de ombros com a História, um levíssimo roçar de ombros, imperceptível para o universo mas significativo para mim. Também podia falar do ritmo dos dias na Cidade Invicta ou do passeio por Portugal desconhecido, Trancoso, Foz Coa, Torre de Moncorvo, Mirandela. E, outra vez no Porto, das esplanadas e das cores do sol poente, dos encontros e desencontros com os amigos, do spa no Hotel Yeatman, com bird views do rio e do recorte ribeirinho do Porto, do casamento da prima, da forma como o tempo se esvaiu nem sei bem por onde, podia ter feito muito mais se não fosse essa anemia de tempo. Uma vida no Porto que parece sempre perfeita nesse plano de realidade paralela ou fantasia. E agora de regresso a NY. Ainda agora cheguei e já estou outra vez de partida. Na próxima semana, México e Toronto. Suspiro, na expectativa de 4 ou 5 semanas seguidas em NY para aproveitar o Verão nesta cidade ímpar, imparável e incomparável. Mas o tempo continua a fugir-me. E temo que se prolongue esta tendência de nem escrever nem sair de cima.
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