another Broadway play
Ontem fui ver a peça "O Mercador de Veneza", cujo cabeça de cartaz era nem mais nem menos que ... escreve-se o suspense, com um rufar virtual de tambores ... era nem mais nem menos que ... ... ... Al Pacino!
Enquanto esperava que abrissem as portas do Teatro, fui ouvindo as conversas e apreciando as outras pessoas na fila. E, mais uma vez, dei por mim embrenhada num caleidoscópio de reflexões atabalhoadas sobre a massiva adesão dos nova-iorquinos ao teatro, aos eventos culturais em geral. A idade não parece ser impedimento. Vi uma senhora, nos seus 70 e muitos anos, maybe more, numa cadeira de rodas. O cabelo impecavelmente arranjado, de hair salon. Linda na sua idade, e de aparência tão cuidada. Empurrando e controlando a cadeira de rodas, o marido, curvado pela cifose e pela idade, perguntava onde era a secção para os hearing impaired. Mobilidade reduzida para ela, audição reduzida para ele. Sim, os teatros estão preparados para tudo, para todos. Atrás de mim, na fila, uma outra senhora, a rondar os 70 anos. Estava sozinha. Tinha vindo de L.A., para ver esta peça e passar uns dias em NY, aproveitar os museus, a Ópera, toda a oferta cultural de Manhattan. O que tem L.A. para oferecer, comparando com NY? Celebrities de Hollywood e festas bilionárias, juventude eterna em saltos de 20cm e vestidos curtos, botox e breast implants, louros platinados, a entrega dos Óscares? Bah. A senhora mete-se no avião e vem para NY. Claro que não é só a terceira idade que vem ao teatro ou vai ao MoMA. O público é sempre heterogéneo q.b.. É certo que com o Al Pacino no elenco, engrossam as filas de espera, em toda a sua heterogeneidade. Mas claro que não é só o Al Pacino. Sempre que vou ao teatro, e vou muitas vezes, observo o público, a massiva audiência, e escrevo, em pensamentos, um post parecido com este. A diferença é que desta vez, saiu para o blog.
O Al Pacino brilhou, no seu papel de velho judeu agiota. E à saída, quando o crowd se apinhava por trás das barreiras policiais para pedir autógrafos, foi de uma simpatia inexcedível com os seus fãs. De cada vez que ele estava a entrar no jeep, havia mais alguém que gritava o nome dele, Al Pacino! Mr. Al Pacino! Al Pacino!! E ele voltava atrás, e posava para as fotografias, e assinava, e sorria. E eu, mais uma na multidão, lá consegui umas fotografias. Umas fotografias tortas, enviesadas, poluídas de cabeças e braços que bloqueavam o meu campo de visão, mas ... click-click, flash-flash, Al Pacino! Para mais tarde recordar.
Enquanto esperava que abrissem as portas do Teatro, fui ouvindo as conversas e apreciando as outras pessoas na fila. E, mais uma vez, dei por mim embrenhada num caleidoscópio de reflexões atabalhoadas sobre a massiva adesão dos nova-iorquinos ao teatro, aos eventos culturais em geral. A idade não parece ser impedimento. Vi uma senhora, nos seus 70 e muitos anos, maybe more, numa cadeira de rodas. O cabelo impecavelmente arranjado, de hair salon. Linda na sua idade, e de aparência tão cuidada. Empurrando e controlando a cadeira de rodas, o marido, curvado pela cifose e pela idade, perguntava onde era a secção para os hearing impaired. Mobilidade reduzida para ela, audição reduzida para ele. Sim, os teatros estão preparados para tudo, para todos. Atrás de mim, na fila, uma outra senhora, a rondar os 70 anos. Estava sozinha. Tinha vindo de L.A., para ver esta peça e passar uns dias em NY, aproveitar os museus, a Ópera, toda a oferta cultural de Manhattan. O que tem L.A. para oferecer, comparando com NY? Celebrities de Hollywood e festas bilionárias, juventude eterna em saltos de 20cm e vestidos curtos, botox e breast implants, louros platinados, a entrega dos Óscares? Bah. A senhora mete-se no avião e vem para NY. Claro que não é só a terceira idade que vem ao teatro ou vai ao MoMA. O público é sempre heterogéneo q.b.. É certo que com o Al Pacino no elenco, engrossam as filas de espera, em toda a sua heterogeneidade. Mas claro que não é só o Al Pacino. Sempre que vou ao teatro, e vou muitas vezes, observo o público, a massiva audiência, e escrevo, em pensamentos, um post parecido com este. A diferença é que desta vez, saiu para o blog.
O Al Pacino brilhou, no seu papel de velho judeu agiota. E à saída, quando o crowd se apinhava por trás das barreiras policiais para pedir autógrafos, foi de uma simpatia inexcedível com os seus fãs. De cada vez que ele estava a entrar no jeep, havia mais alguém que gritava o nome dele, Al Pacino! Mr. Al Pacino! Al Pacino!! E ele voltava atrás, e posava para as fotografias, e assinava, e sorria. E eu, mais uma na multidão, lá consegui umas fotografias. Umas fotografias tortas, enviesadas, poluídas de cabeças e braços que bloqueavam o meu campo de visão, mas ... click-click, flash-flash, Al Pacino! Para mais tarde recordar.
Labels: Broadway
1 Comments:
Eu não posso dizer q tenho inveja, pq se eu quiser, estou ai. Mas posso sinceramente dizer que é mtooo fixe ler alguém que vai fazer cenas que eu faria caso vivesse em NY.
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