Age, phobia and singlehood

Pois é, o aniversário foi ontem. Muitos telefonemas, muitos e-mails, centena de mensagens no facebook, à noite houve festa com os amigos, foi tudo muito giro, esteve tudo muito bem.
Cheguei a casa pelas dez e meia. Como a casa tinha ficado fechada todo o dia, abri as janelas. Gosto de arejar a casa. Sentei-me em frente ao computador, para agradecer todas as mensagens de Parabéns. Já passava da meia-noite quando desliguei. Lavar dentes, vestir pijama, vou para o quarto, pego no edredão para o esticar e ... FLAP, FLAP! estava um borboletão camuflado no edredão! Uma mariposa tão grande mas tão grande que mais parecia um morcego! O grito foi imediato. Tenho pavor horror fobia de mariposas. Mais rápida que a minha própria sombra, saí às arrecuas do quarto e fechei a porta à mariposona. E agora? e agora? dei duas voltas à sala, hiper-ventilei, armei-me de vassoura e de alguma coragem, e entreabri a porta do quarto. A bicha borboleteava cegamente por tudo quanto era parede. Desisti. Deixei a vassoura no quarto, fechei a porta e fui para a sala. Esperei. Fui espreitar. Reinava a calma. Não consegui ver onde estava a morcega. Deslizei o edredão da cama, dobrei-o em dois, levei-o comigo. Dormi na sala.
E esta manhã, lá fui dar com a bicha pousada numa das caixas onde guardo a bijouterie. Depois do banho, tive que aventurar-me no quarto. Não me aproximei das gavetas da cómoda onde a borboletona descansava em cima da caixa da bijutaria. Tive que pensar noutras roupas, noutras gavetas. E agora estou a caminho do escritório, atrasada, claro, e ainda não sei como vou resolver este problema. Acho que vou ter que chamar um dos doormen lá do prédio para lidar com a horripilante criatura.
O cúmulo do ridículo.
Assim estou eu, com mais um ano em cima. E uma mariposa-traça-do-tamanho-de-um-morcego no quarto.