Querido diário

Ávida ou lentamente, conforme os dias ou conforme os humores, tento recuperar o ritmo da cidade, que tinha perdido por entre as tantas viagens de trabalho para a América Latina. Vejamos, coisas que fui fazendo ou desfazendo neste mês de Maio. Fui com a Paloma brunchar ao Empire Diner, antes que fechasse essa instituição nova-iorquina. Não fui à primeira noite dos Rooftop Films, porque estava com uma neura derrotadora. Comprei bilhetes para o concerto dos Blind Boys of Alabama, com Yo La Tengo e Lambchop. Tive um fim-de-semana hyper. Sim, aquele que me rendeu cinco posts, lol! Fui finalmente provar as steak sandwiches do Delmonico's, power lunch com as amigas que trabalham em Wall Street. Falhei o concerto dos The National no BAM. Não tive oportunidade de tentar comprar bilhetes, esgotaram no primeiro micro-segundo. Passei no Takashimaya, que também vai fechar, para ver se aproveitava algo dos saldos. Liquidação total, mas consegui sair de mãos a abanar. Comprei uma fotografia. Ainda não fui à Whitney Biennial e receio já não ir a tempo. Fiz novos amigos. Tive desgostos profissionais. Bola pr'á frente. Este último fim-de-semana foi low profile. Houve jantar no Abe & Arthur's e pouco mais. E a final do Lost, no Domingo. O próximo weekend é prolongado, segunda-feira é feriado. E já tenho bilhetes para ver o Alice in Wonderland no Crosby Street Hotel's Sunday Night Film Club. Como queria. Podia fazer muito mais, aproveitar muito mais. Chego ao cúmulo de sentir-me culpada por não espremer tudo aos dias, todos os dias. Acho que é por saber que tenho o tempo contado em NY. Mas Maio é sempre um grande mês! Apesar de tudo.