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O stress dos concertos. Primeiro, chegam os e-mails a anunciar os concertos. Avisam que os bilhetes são postos à venda no dia x a partir das xx horas. Imaginem aquele plano clássico do cinema western, esses bons velhos filmes de faroeste, o momento do confronto dos rivais, o duelo. O sol no zénite, os olhos semicerrados, a mão quase no punho do revólver, todos os sentidos em alerta para o sinal. Pois. Assim estou eu, no dia marcado, na hora marcada, no ticketmaster ou noutro website indicado, pronta para comprar bilhetes. E depois há o stress das datas. Por exemplo, perdi dois concertos daqueles que queria muito mas muito ter ido: The xx no dia 31 de Março e Temper Trap no dia 2 de Abril. E também vou perder o concerto dos The National, no dia 16 de Junho, porque com tantas viagens seguidas não consegui estar em cima do acontecimento para comprar os bilhetes no dia em que foram postos à venda. Agora está sold out, claro! Já tenho bilhetes para o concerto dos Bon Jovi em New Jersey. Não que eu goste de Bon Jovi o suficiente para ansiar por um concerto. Mas tinha o olho na american experience. Neste caso, o concerto é puro turismo. Mas voltando aos concertos que quero muito mas muito ir ver, estou em stress com o concerto do Roger Waters em Novembro. Vai recriar o The Wall. Eu-quero-muito-mas-muito-mesmo-ir-a-esse-concerto. Mas estou a amargar uma desilusão antecipada, convencida que não vou conseguir comprar bilhetes. E ainda tenho tantos concertos na lista, Pearl Jam, She Wants Revenge, Jack Johnson, entre muitos e muitos outros. Mas o pior de tudo é gostar de música que não diz nada aos meus amigos. Ninguém está minimamente interessado em She Wants Revenge, The xx, Temper Trap, The National. Eu acabei agora mesmo de decidir que tal como vou ao teatro sozinha, também sou gaja para ir ver o reenactment do The Wall sozinha. Se ainda não estiver sold out ...