Arquitectura é música petrificada
... disse Goethe.
Os postais são talvez a correspondência menos privada que circula pelos CTTs do mundo. Sem o resguardo de um envelope, o texto do postal fica à vista de todos os olhares, exposto a quem tenha a curiosidade de o ler. Tal como acontece aos blogues. Este é um blog light, ultra light.
14 Comments:
E tu o que dizes?
Beijos
Se assim é, que música tocava Eiffel quando concebeu a Torre?
E o que trauteva Siza quando desenhou o Pavilhão de Portugal?
E a que música dança a lapiseira de Patchouly?
:D
Beijola.
Goëthe desconhecia o polipropeno, borrachas sintéticas, alumínios anodizados e os polietilenos de baixa densidade. Nem mesmo os de alta. Daí que se tenha cingido à pedra. Ligar a música a polipropileno ou poliésteres de gramagem elevada é a mesma coisa que comer sardinhas assadas com salada russa.
Beijinhos petrificados.
P.S. As coisa de que te lembras... Ou então há para aí carradas de significados, metáforas encapuzadas, simbologias que só tu é que sabes e pões o pessoal todo para aqui a fazer contas de cabeça. Depois admiras-te que eu ouça o Forum
:))
Música, sim. Infinita como ela. Com diferentes tonalidades, sons e vibrações. Disse mesmo bem. :)
Objectivamente a música e a arquitectura podem partilhar algumas características: o uso de ritmos, de tons, de frases compositivas, de estruturas matemáticas. Muitas dessas características têm a ver com o tempo, dimensão essencial sem a qual não existe a fruição de um espaço ou de uma melodia. Este uso da quarta dimensão separa-as da pintura e de outras artes pictóricas (de alguma, pelo menos). Ambas são a expressão de uma determinada sociedade num determinado tempo. Ambas podem ter um poder evocativo. Ambas nos podem provocar arrepios na nuca.
A definição é poética. Não me lembro de alguma vez a ter ouvido. Obrigado por me dares a conhecê-la sin'.
(carlota sinto-me muito lisonjeado de colocares a minha reles lapiseira staedtler no mesmo comentário onde evocas tais mestres! Sempre te posso dizer que às vezes a dita dança ao som das músicas que vais colocando lá no lote 5, George Michael incluído! ;))
Pitucha, sobre este assunto preferi que o Goethe se pronunciasse por mim.
E acho que ele até nem se saiu mal, hein?...
;D
Desses que referes, Carlota, só sou contemporânea do mestre Siza e do grande Patchouly - que, por sinal, já se pronunciou nesta mesma caixa de comentários. Quer dizer, pelo menos já sabes que música ouve a sua lapiseira ...
Já quanto ao Siza ... disseram-me que ele não trauteia enquanto trabalha ...
Et voilá.
;D
Ó Sr. Engenheiro! Não me traga pr'aqui esses polímeros todos ... lá se vai a poesia! ;)
:))
Carlota, espero que repares no "Ó"!! ;)
Folha de Chá, ao ler o teu comentário ocorreu-me um triplo mortal (por assim dizer) ...
... Rem Koolhaas e a Casa da Música ... a arquitectura e a música entrelaçadas numa coincidência alheia à frase de Goethe ...
:)
Patchouly, essa tua lapiseira staedtler até vai trabalhar com outro afinco, ao imaginar-se maestra musical! ... não te vai dar tréguas!
;))
... por excelso Sr. Engenheiro referia-me ao Espumante!
Reparei no "Ó", sim senhora! És uma aluna exemplar! :D
E aproveito para dizer que também vi a resposta do Patch, que muito apreciei...
Beijolas.
E realmente pode ser... mas tal como há música boa e música má o mesmo se passa com a arquitectura.
é uma das maneiras de se olhar e vêr
gostei
:)
Continua a dar-nos música, Carlota!
;)
Tens razão, Miguel! ... e se a má música é algo que podemos escolher não ouvir, a má arquitectura está sempre à vista, não há como evitar a poluição visual ou estética ...
Obrigada pela tua visita!
Beijinhos,
Sinapse
Um beijinho, Um outro olhar, :)
talvez...
mas a arquitectura tem tantos compromissos, tantas exigencias "funcionais"... que quase não consigo comparar com a musica... mas percebo o que Goethe disse; e basta-me pensar no Siza ou no Barragan para concordar...
:)
Pois...essa música não é para todos.
Tenho visto por aí muita banda da carris...muito pato bravo a grasnar...
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