ausências
Tento compor as palavras em texto, arrumar as frases, domesticar os parágrafos, mas tudo se esquiva, em debandada! As palavras atropelam-se em fuga, os assuntos dispersam-se, os projectos de texto são apanhados na impetuosa desenfreada. Não sobra nada.
Postal enviado por Sinapse at 21:00
4 Comments:
Gostei.
Beijos
Olha, aceita um conselho de um amigo mais velho:
Escreve as palavras que te vierem à cabeça. Esquece a sintaxe, limita-te a transmitir seja o que for que te passe pela cabeça, putting down in words como dizia o poeta, e não te preocupes em arrumá-las. Just put them down :). Se mesmo assim as frases te parecerem desarrumadas, deixa-as estar. Faz de conta que saíste do banho, te secaste e deixaste a toalha no chão, não será por isso que deixarás de acabar por secar! Quanto à debandada das palavras esquivas, deixa-as fugir, deixa-as ir. Não te preocupes em prendê-las. Rather (este rather tem de ser em inglês, mesmo... :))) )write some more, usa mais palavras, outras, que pouco depois já não te lembras das que fugiram. Se fizeres assim como te digo, os projectos não se dispersam, ou dispersam, mas isso não importa porque quando reparares e releres o que escreveste, terás um post. Bom, mau, who cares? Mas ele será a prova de que foste mais forte que o ímpeto das palavras esquivas e que acabaste por passar uma ideia. mesmo que seja a ideia de achares que não consegues passar ideia nenhuma. Afinal não foi o que fizeste ainda agora com este post pequenino?
Beijinhos dispersos, atropelados e esquivos
:)
As palavras, que se tornam independentes mal nos saem da boca ou da pena... não vale a pena querer domesticá-las!
Hei-de consultar os astros, cá para mim Mercúrio está retrógrado, por isso é que as palavras nos andam fugidias. Cada post que escrevo é um parto a ferros :(
Beijos
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